Como profissional experiente e entusiasta dos modernos tratamentos para obesidade, gostaria de apresentar uma nova abordagem para avaliar o progresso no tratamento da obesidade.
Em vez de nos concentrarmos apenas no índice de massa corporal (IMC), podemos usar o peso máximo anterior de uma pessoa (exceto durante a gravidez e lactação) como ponto de referência.
Ao analisar a quantidade de peso que uma pessoa já perdeu em relação ao seu peso máximo anterior, podemos classificar o progresso do tratamento em duas categorias: "obesidade reduzida" e "obesidade controlada". Para pessoas com IMC abaixo de 40, uma perda de peso entre 5-10% do peso máximo anterior seria considerada "obesidade reduzida", enquanto uma perda de peso acima de 10% seria considerada "obesidade controlada". Para pessoas com IMC acima de 40, os números seriam ligeiramente diferentes: uma perda de peso acima de 10% seria considerada "obesidade reduzida" e acima de 15% seria considerada "obesidade controlada".
Essa abordagem leva em consideração a fisiologia do corpo humano. Nosso hipotálamo sempre busca nos levar de volta ao nosso peso máximo anterior e, abaixo desse peso, ocorrem adaptações fisiológicas que favorecem a recuperação do peso perdido. Portanto, ao estabelecer metas realistas com base na porcentagem de peso perdido em relação ao peso máximo anterior, podemos ajudar nossos pacientes a alcançar resultados mais duradouros.
É importante notar que essa classificação é apenas uma ferramenta adicional para ajudar a estabelecer metas realistas e relevantes para melhorar a saúde e qualidade de vida dos pacientes. A decisão sobre os objetivos do tratamento deve sempre ser individualizada e levar em consideração as necessidades e circunstâncias específicas de cada paciente.
Essa classificação é válida para tratamentos clínicos (não cirúrgicos) em adultos entre 18-65 anos. Existem algumas situações especiais que são explicadas no artigo em que essa abordagem foi proposta. É importante lembrar sempre de perguntar e anotar o peso máximo anterior de um paciente para entender melhor sua história e progresso no tratamento.
Fonte: https://www.anad.org.br/proposta-de-uma-classificacao-da-obesidade-com-base-no-historico-de-peso/
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